"Não sabes de onde vem nem para onde vai"
Recordações de uma tarde de chuva, junto ao mar. Nada de comum das paisagens habituais, frio, vento, humidade, sem guarda-chuva. Olhos fechados, o bater das ondas é forte, ajudado pelos gritos das gaivotas. Um mundo de sensações.
Quando o vento é tão forte que o ouvimos passar nos ouvidos continuamente, perdemos o equilíbrio, deixamos de estar com os pés no chão e viajamos para dentro de nós, à procura do nosso lugar de abrigo.
A sensação de desagrado é sensível. Por dentro, a alma procura-se apenas no esforço de não se perder no meio dos ventos.
O vento passa, não sei de onde vem, nem para onde vai. Levou-me para dentro, para o sonho, para a fé, para a vontade de apenas ser.
2 comentários:
O vento que também eu não sei de onde vem, nem para onde vai, faz me lembrar a fé que tenho que não vejo mas que sinto constantemente e que mexe comigo, e que faz "ruidos" na minha vida, aproximando-me dos outros e de Deus.
Um grande beijinho
Gostei muito, To :) mesmo* obrigada (grande beijoca pa ti)
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