10 dezembro 2006

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Há dias assisti a uma ópera-concerto de encerramento do ano centenário de Xavier. Trouxe comigo as letras e tenho-as estado a ler várias vezes. Com Xavier tenho embarcado também na minha Viagem e fazendo funcionar as mesmas cordas dos movimentos da alma de quem tem o mar como horizonte.

E passa-se por dúvidas, em que não se sabe, nas grandes e nas pequenas coisas, quais os melhores caminhos. Sobretudo quando as escolhas por um ou por outro não nos levam a coisas más ou coisas boas, mas a coisas boas ou coisas melhores. Nos sonhos de ser grande sem limite sonhado, o óptimo é uma fronteira irresistível.

Os campos de aterragem do nosso sonho comportam dúvidas. Pôr os pés no chão é já arriscar uma direcção. Com um mapa cheio de sinais passados em paisagens tão novas como presentes. Os sinais são guias que confirmam e que desviam, quando não se sabem ler com o olhar mais acertado.

A meio do concerto, ouço a frase: "Help me to doubt, oh my Lord, help me to love, oh my Love".

Não faltam respostas... =)

3 comentários:

Anónimo disse...

"Um crente da primeira hora já dizia a Cristo: «Eu creio.» Mas acrescentava imediatamente: «Ajuda a minha incredulidade.» [Marcos 9,24]" Ir. Roger

e pensar que já fui ateia durante 1 ano- ainda bem que assim foi!

novo post xD

J disse...

Uma frase muito bonita, obrigado por partilhar com todos.

Um grande beijinho

An@ disse...

"E passa-se por dúvidas, em que não se sabe, nas grandes e nas pequenas coisas, quais os melhores caminhos."

Porque acabo sempre a pensar que as dúvidas podem ser o caminho para encontrar coisas novas, reforçar outras ou mesmo para aprender a arriscar:)

* * *

 

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