01 dezembro 2006

Escrita

Encontrei um livro de frases soltas. Sem nexo aparente, algumas frases sublimes, outras incompreensíveis, outras apenas se resumiam a uma palavra. Umas tinham datas precisas, e outras parecia que permaneciam durante semanas... e até meses.

Não foi preciso pensar nem investigar muito, era a história de uma Vida. Também a minha própria história.

Passar para o papel as impressões digitais da Vida, para que nunca se apaguem, para que sejam públicas a meus olhos e aos olhos de quem as puder vir a ler. São sempre palavras de terra, pedra, mar, nuvens e sol. Tocadas com abraço, com lágrimas ou simplesmente deixadas no abandono de não darem nehuma resposta.

Escrever é para mim o mistério de deixar marcado o instinto de perceber a minha Viagem mais profunda. Percebo o que me move, o caminho que quero fazer, e vivo nesta certeza insegura de não saber o que amanhã será escrito na página seguinte. Não interessa muito.

Daqui a um tempo, a muito tempo, saberei ler o que escrevi, daquilo que a Vida me fez e foi ensinando. E é isso que me faz pensar que nada é banal, quando se exprime em profundidade.

3 comentários:

Anónimo disse...

Será sempre a tua história: vista, escrita, lida, revista, reescrita, relida por ti. Quiçá, também por outros olhada e sentida. Muitas vezes por ti compreendida, outras não, mas és tu que estás nela e foste tu quem a viveu e colocou no papel. Um precioso legado de ti mesmo, que pode ser um grande tesouro para quem tiver o privilégio de por ele "viajar" reflectindo...

An@ disse...

:) a vida torna-se um livro :)

Anónimo disse...

"Folhas" nascidas da alma tua...

 

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