15 dezembro 2006

Vento


"Não sabes de onde vem nem para onde vai"

Recordações de uma tarde de chuva, junto ao mar. Nada de comum das paisagens habituais, frio, vento, humidade, sem guarda-chuva. Olhos fechados, o bater das ondas é forte, ajudado pelos gritos das gaivotas. Um mundo de sensações.

Quando o vento é tão forte que o ouvimos passar nos ouvidos continuamente, perdemos o equilíbrio, deixamos de estar com os pés no chão e viajamos para dentro de nós, à procura do nosso lugar de abrigo.

A sensação de desagrado é sensível. Por dentro, a alma procura-se apenas no esforço de não se perder no meio dos ventos.

O vento passa, não sei de onde vem, nem para onde vai. Levou-me para dentro, para o sonho, para a fé, para a vontade de apenas ser.

2 comentários:

J disse...

O vento que também eu não sei de onde vem, nem para onde vai, faz me lembrar a fé que tenho que não vejo mas que sinto constantemente e que mexe comigo, e que faz "ruidos" na minha vida, aproximando-me dos outros e de Deus.

Um grande beijinho

An@ disse...

Gostei muito, To :) mesmo* obrigada (grande beijoca pa ti)

 

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