16 outubro 2008

Na amizade



O que pode definir a amizade? Aquilo que vejo na minha história são acasos e surpresas, nascem sintonias, que não aparecem à força. É-se amigo porque sim, às vezes de pessoas com mais defeitos do que qualidades. Talvez porque se vê mais facilmente o outro lado do defeito. Porque se gosta de alguém, há compaixão.

Já seria outra coisa falar de verdade. O outro lado dos defeitos de alguém é uma promessa e um acreditar na bondade já vista e conhecida. Implica dizer o que custa dizer normalmente. Seria outra coisa falar de verdade, mas assim não há amizade.

E já seria outra coisa falar de liberdade. Somos responsáveis para sempre por aquilo que cativámos, diz Saint'Exupery. Se cativei, fui cativado, estou ligado para sempre com um compromisso. Mas este compromisso tem a mesma cor da liberdade, que consola e magoa com a mesma força. Quando não são essenciais presenças constantes.... aquilo que se diz que o tempo e a distância não apaga... A única coisa que no fundo, apaga a amizade é o não cuidar dela. E isso vai muito além das pequenas intenções, são espaços próprios da alma, aquela flor para aquela parte do jardim.

1 comentários:

Rosa disse...

Olá António.
Não estava a reconhecer o blog.
Mas gostei do novo formato.

É difícil descrever a amizade, mais fácil é saborear o que dela podemos sentir.
É bem verdade o que diz "o que a apaga é o não cuidarmos dela"


"Amizade, palavra que designa vários sentimentos, que não pode ser trocada por meras coisas materiais. Deve ser guardada e conservada no coração."
( Autor Desconhecido )

António, tenha uma boa noite

 

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