05 fevereiro 2007

No tempo


Sempre sonhamos com o regresso às coisas mais originais. No meio das confusões do dia-a-dia, por vezes encontramo-nos com saudades dos sons e das cores que não nos traziam mal entendidos. Por tudo ser simples, cada momento tinha um lugar único no tempo.

Talvez seja a busca de um paraíso perdido que ficou num tempo perdido-não-sei-quando-lá-atrás. E esse espaço continua a ecoar de memórias. A nostalgia do passado faz-nos abraçar qualquer coisa que deixou de existir, que toma parte irresistível naquilo que hoje somos. A ponto de não nos deixar falar de outras coisas.

Entre a memória e o esquecimento, entre o agradecimento e a esperança, às vezes custa tomar uma opção que seja verdadeiramente existencial no presente que hoje somos.

São importantes as memórias. Mas também nos atam os braços e fazem perder palavras que contruam algo de radicalmente novo. Basear na promessa do presente a criação de uma nova paisagem, capaz de ser visitada hoje e para sempre, de um modo criativo. Único no tempo,como as coisas simples.

2 comentários:

J disse...

Antonio,

Não sei se percebi o seu post, considera as memorias boas por um lado e más por outro, será que são más porque nos atam os braços e fazem nos cair na nostalgia?

Um grande beijinho em Cristo

António Valério,sj disse...

Olá Joana! Obrigado pelos comentários, e pela visita, eu também estou em exames e é um tempo difícil de manter os nossos "rituais" =)
As memórias são das coisas mais importantes que temos, porque nos ajudam a conhecer os pontos principais do que a Vida nos foi fazendo. São momentos que nos levam ao crescimento. Por outro lado, se apenas vivermos de memórias, olhamos demasiado para o passado e isso por vezes pode prender o nosso presente e futuro. Acredito que as memórias são os lugares do futuro e tento olhar para elas assim. Beijinho em Jesus

 

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