03 fevereiro 2007

Planos e Promessas


(A propósito do Referendo)

Não há nada mais importante que a Vida. Pela nossa Vida fazemos tudo o que está ao nosso alcance para a realizarmos segundo os nossos sonhos. O desejo de viver completamente encontra-se às vezes confrontado com dificuldades que podem levar ao desânimo.

Não há nada tão desmotivante na Vida como cruzar os braços e desistir. Se calhar todos passámos por esses momentos, e tantas vezes outras Vidas que vemos tão difíceis nos fazem pensar como é possível continuar.

Todo o início de Vida é uma promessa. A nossa própria Vida leva-nos a querer caminhar para algo desconhecido, mas é talvez este mesmo Mistério que nos faz querer continuar. E este mesmo Mistério de Vida plena encontra-se nos outros que caminham connosco.

Tantas vezes é possível chegar a absurdos que em nome de uma Vida mais "fácil" acabam por destruir o Mistério, que é promessa, apesar de nascer às vezes em situações de dor e incompreensão.

O gesto de acolher e colaborar com um Mistério que se pode perder, tem de ser mais forte que uma solução aparente e contraditória.

Se sou capaz de agradecer a minha própria Vida, com olhos maravilhados e coração doído, não posso nunca deixar de querer ser responsável pelas novas Promessas, de novos Mistérios.

O desejo da Vida, minha e dos outros, leva-me a dizer NÃO àquilo que a destrói.

2 comentários:

Di disse...

Se a vida é um dom, quem somos nós para a destruir? Lembro-me das minhas aulas de biologia em que ficava maravilhada com a passagem da não vida para a vida na fecundação. Um milagre! Sentia uma aperto no coração por pedir milagres quando eles acontecem mesmo à minha frente e eu nem os vejo. Como posso não permitir um milagre? Faz-me confusão. Claro que compreendo o sofrimento de uma mãe quando sabe que não tem como sustentar um filho e não podemos fazer de conta que não vemos. Mas a resolução desses problemas socias, alguns psicologicos, etc. é anterior à fecundação, numa boa educação sexual (aquela que se diz obrigatória agora nas escolas), bem como na educação para os afectos e moral. Utópico? Como enfermeira acredito que não. É para isso que o sou.
Mudando de assusto, gostei muito do teu blog e de como tocas as pessoas que conheço... Fui ao Colégio das Caldinhas e cada pessoa que me falava de ti ficava com os olhos a brilhar... Então a Ana Estrelinha nem se fala. Queria agradecer-te por isso, por os encheres de força de espírito, Agradecida.
Beijinhos,
Di

J disse...

Antonio,

Toda a vida é um Dom. Como podemos colocar opções que eliminem esse Dom? Como podemos arranjar soluções faceis para "desenrascar" o que nao nos dá jeito?

Rezemos porque tantos não irão nascer pela vontade egoista de outros.

Um grande beijinho em Cristo

 

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