Hoje fiz uma visita por vários blogs amigos e confirmei uma coisa. Parece que há alturas em que há um maior número de temas recorrentes. E é curioso que seja também o tema que mais me ocupa interiormente. Talvez seja porque, em determinada altura do ano, o tempo nos faça frutificar diferentes sentimentos. E o sentimento de hoje é especial.
O amor é um apelo grande à verdade da nossa Vida. É ter consciência, e uma consciência mais afectiva que racional, que nos sentimos movidos por uma energia que faz com que cada coisa tenha um rumo. Em direcção a algo ou alguém que amamos. Não nos sentimos perdidos, mas por vezes quase que arrastados. É uma força pacífica e reconciliadora e, ao mesmo tempo, com uma violência que não nos deixa tomar o pulso à situação.
O amor tem a extraordinária capacidade de nos fazer "deixar andar", sem pensarmos muito nas consequências. Confiamos ingenuamente, perdemos tempo com tesouros que não custam ganhar. É felicidade e exigência. Quando a verdade do nosso bem faz bem, estamos entusiasmados. O amor é esta extraordinária capacidade de não sermos donos do tempo, nem de nós e, sobretudo, dos outros.
8 comentários:
Bom dia... Estas mensagens são como as velas na vigília de Páscoa, acendem as que estão ao lado :)
Não posso deixar de notar num cara bonita no post de hoje. Penso muitas vezes nas caras feias, nos desfigurados, nos miseráveis que estão maltratados pela vida... Deu-me vontade de colar ao lado desta fotgrafia outra de alguém que é "feio" e ver a beleza de um e de outro, porque a fonte é a mesma... mas a beleza do "feio" só se vê com uma certa luz e está escondida
É como os juízos que faço e muitas das referências que andam cá por dentro: normalmente não dizem muito mais de mim do que dos outros?
Será, também, a veia portuguesa, a do amor, não é? Porque há centenas de anos que somos assim, peritos em "sofrer por amor", peritos em trágicas e infindáveis histórias de amor, nas mais belas epopeias e toneladas de amor sufocante...
Lembro-me bem no After Paul: Amar... amar é acordar todos os dias e pensar "o que é que eu ainda posso mudar em mim para que a nossa relação cresça"...
Isso, sim, é amor... e quem ousa amar assim no seu dia-a-dia?
Um abraço
Ao ler este post, pensei que de facto Deus só pode ser Amor.Porque é n'Ele que sentimos verdaddeiramente que estamos por inteiro.E quando isso acontece,somos felizes, fazemos os outros felizes e seja o que for que aconteça na nossa vida é encarado com toda a disponibilidade do nosso coração.Pena é que por ora sejam só momentos que procuro sempre beber até à última gota,porque sei que não duram sempre.Pelo menos a minha vida é feita com cair e espero que sempre com vontade de me levantar.
Um abraço com um grande obrigada
E mesmo nós que escrevemos sobre o amor, temos tanto para aprender sobre as suas várias dimensões. E sobre as suas verdades...
Olá Antônio,
De fato o amor nos enche de entusiamo. Esse sentido maravilhoso que nos impulsiona a tudo na vida. Amo o entusiamo! Amo as pessoas que se deixam levar por ele, pois o nosso caminho fica mais fácil de se caminhar quando somos guiados por ele, conseguimos transformar os espinhos em botões, em rosas, em petálas!
"...É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?..."
Abraços,
Gisele.
Este pequena reflexão fez-me recordar uma pagina de um blog "Um Outro tão Próximo de Mim". Nenhuma forma de amar poderá ser "expressiva"(
no registo que cada um livremente optar) se não tiver como raiz "agapeseis". Não é um percurso fácil! Provavelmente nunca será "um cheguei" onde magicamente nos colocamos... Para mim será um (re)descobrir,um "persistir" no trilho, um (re)abrir de sentidos... que possibilite pelo menos ao que H. Keller proferiu " É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma. Isto completa a glória de viver".
É sinal que "amaremos" acima do que vemos.
Obrigada
Isabel
Devemos querer (sempre!) aprender mais sobre o Amor, pois é essa a nossa missão: Amar. Apenas a dar Amor percebemos que estamos vivos.
Obrigada pelas palavras, imerecidas. :)
Um beijo
O Amor é antes de mais intemporal, está sempre no seu tempo, portanto é um tema do agora! É a minha opinião. De facto, o Amor o que é, como o vimos, como o sentimos, O que fazemos dele?... As diferentes formas de experimentar o Amor é que muitas vezes estão condicionadas à natureza do espaço/tempo/mundo e daí se pensar que há muitas formas de amar. Não sei, é um assunto delicado e que me dá imensas "dores de cabeça e coração". Porém, também é assim que alimento o meu espirito, esmiuçar todo o Mistério até ao "infinito". Tentar a cada dia interiorizar mais o Absoluto, se não para que me serve ter FÉ?, se não é palpável no meu ser/agir. Para terminar, acredito que só há um AMOR, e desse amor nasce tudo o resto. O de DEUS!
Beijinhos.
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