19 maio 2007

Encontos essenciais


19.10h, durante uma viagem de comboio. Senta-se à minha frente um senhor de à volta dos cinquenta anos, chinês. Trazia nas mãos os objectos que tentou vender na praia durante o dia.

Não olhava para nada à sua volta, como se não estivesse lá. Apenas para o céu, fora da janela.

Interrompeu a sua viagem, quando o lugar ao lado ficou livre, para fazer sinais a uma menina, filha de turistas alemães, para se sentar. Ela não quis. E ele continuou a olhar o céu.

O que fará em Roma, a vender coisas na praia, este homem? O que é que ele veria no céu? E porque é que o único regresso à realidade se faz por uma criança?

Porque o eterno e o sincero são as coisas mais presentes quando se está longe... talvez... Por todos algum dia fazermos o mesmo. Nestas coisas somos tão iguais, independentemente de sermos chineses, alemães ou portugueses...

2 comentários:

Anónimo disse...

Circunstâncias várias nos vão tirando e trazendo á realidade.
As causas!
Só Ele as conhece, porque habita no nosso coração.
Quanto a nós, desilusão, tristeza, ansiedade, dor, incompreensão, vidas desencontradas..... ou mesmo alegrias não partilhadas, tentamos encontram resposta buscando o alto.
Procurando talvez sinais da presença e proximidade na nossa vida Daquele que já nos habita.

R.I.

J disse...

António,

Gosto muito de observar as pessoas e parar para pensar no que estarão a pensar , que vidas terão, que sonhos que medos, que pedacinho de Deus?

Um grande beijinho em Cristo

 

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