05 dezembro 2007

Sem medos?


De onde vêm os meus medos? Creio não errar muito se disser: de coisas que nos assustam; das nossas inseguranças. E tenho-me dado conta de algumas coisas:

Que tenho medo daquilo que está fora de mim, ou uma pessoa, um momento, uma circunstância. Normalmente algo que virá a acontecer num futuro mais ou menos próximo.
E tenho medo das coisas que sei que me vão abalar, porque vão mexer em lugares meus poucos seguros: críticas, desprezo, falta de paz, ficar sozinho...

Acredito que em nós não temos fontes de medos. Temos é espaços abertos ou feridas que podem ser tocadas por uma coisa que nos afecta. É quando nos expomos ao que está fora, que os nossos vazios se podem ressentir, ou, pelo contrário, encher-se completamente.

Há um espaço dentro de nós que é semelhante à comunicação de um abraço. De mim para mim mesmo, do que sou sem saber e do que conheço de mim mesmo. Amo o que conheço, maravilho-me com o que vou conhecendo de mim. Neste abraço que me revela quem sou e me dá esta raiz que agarra os meus vazios e não os deixa sem fundo.

1 comentários:

Anónimo disse...

essa imagem de espaços abertos dentro de nós...
gostei de imaginar, fendas escuras onde não deixo que a luz do Amor pacificador e misericordioso de Deus entre...
imaginar como seria se preenche-se de Deus esse espaço...

 

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