Ontem, um comentário a um dos meus últimos posts fez-me pensar mais seriamente numa questão que tenho sempre presente mas que nunca falei explicitamente.
O tom do que escrevo parte de um optimismo radical perante a Vida, os projectos de Deus para cada um e a bondade essencial do ser humano. Às vezes fico com a impressão que mostro um optimismo talvez ingénuo, ou de quem não partilha o sofrimento de milhões de pessoas que não têm o mínimo para sobreviver ou que são vítimas das maiores injustiças morais e sociais que se possam imaginar. Dói-me cada vez que assisto a estas coisas sem poder fazer nada de notável, apenas o possível ou gestos que parecem uma gota de água no oceano.
Mas o que me fez pensar é esta sensação de julgar, por vezes, que estamos inevitavelmente condenados a não ser plenamente felizes, ou a não conseguir ser coerentes com aquilo que achamos ser bem. Ou por culpa nossa e das asneiras que fazemos, ou por causa das circunstâncias que inevitavelmente nos tiram a paz.
Apesar de sentir e me questionar com estas coisas, acredito firmemente numa capacidade nossa que nasce de um dom. Como dom, encerra algo de gratuito e que deve ser esperado e pedido. É o facto de, algum dia na Vida, ter percebido o que mais quero ser, quando penso em mim no expoente máximo da felicidade.
E não me vejo como uma pessoa sem problemas e sem desgastes... vejo-me naquilo que sou mais fundamentalmente, amado e capaz de amar. O movimento de lidar com a fragilidade é um acreditar continuado na capacidade de recuperar o amor que tenho e, por outro lado, de ser capaz de relativizar - tarefa às vezes quase impossível - aquilo que não é nunca o absoluto. A tristeza nunca será a nossa última palavra.
O tom do que escrevo parte de um optimismo radical perante a Vida, os projectos de Deus para cada um e a bondade essencial do ser humano. Às vezes fico com a impressão que mostro um optimismo talvez ingénuo, ou de quem não partilha o sofrimento de milhões de pessoas que não têm o mínimo para sobreviver ou que são vítimas das maiores injustiças morais e sociais que se possam imaginar. Dói-me cada vez que assisto a estas coisas sem poder fazer nada de notável, apenas o possível ou gestos que parecem uma gota de água no oceano.
Mas o que me fez pensar é esta sensação de julgar, por vezes, que estamos inevitavelmente condenados a não ser plenamente felizes, ou a não conseguir ser coerentes com aquilo que achamos ser bem. Ou por culpa nossa e das asneiras que fazemos, ou por causa das circunstâncias que inevitavelmente nos tiram a paz.
Apesar de sentir e me questionar com estas coisas, acredito firmemente numa capacidade nossa que nasce de um dom. Como dom, encerra algo de gratuito e que deve ser esperado e pedido. É o facto de, algum dia na Vida, ter percebido o que mais quero ser, quando penso em mim no expoente máximo da felicidade.
E não me vejo como uma pessoa sem problemas e sem desgastes... vejo-me naquilo que sou mais fundamentalmente, amado e capaz de amar. O movimento de lidar com a fragilidade é um acreditar continuado na capacidade de recuperar o amor que tenho e, por outro lado, de ser capaz de relativizar - tarefa às vezes quase impossível - aquilo que não é nunca o absoluto. A tristeza nunca será a nossa última palavra.
1 comentários:
Obrigado, Diana! =) O que escreveste fez-me pensar e querer escrever estas coisas... faz bem rever de vez em quando o mais fundo. Fico com vontade de falar mais contigo. Rezo por ti. Beijinho
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