As crianças ensinam tanto. Gosto mesmo de as ver brincar às escondidas, em dias de sol. Lembro-me de, há uns meses atrás, o palco do esconde-esconde ser o largo de uma igreja, cheio de gente. E lá estavam eles, a correr por detrás de muros e troncos de árvores, em fila. O primeiro espreitava e os outros esperavam. Depois, assustava-se e gritava, e todos gritavam e corriam num salve-se quem puder, para chegar ao lugar marcado.
Eles eram os escondidos-vistos-por-toda-a-gente. =) E tantas vezes somos assim.
Porque vivemos neste risco ténue entre o mostrar e o esconder. Queremos ver o que está à nossa espera, detestamos ser surpreendidos. E quando somos apanhados gritamos e fugimos. Mas seria tão bom que as surpresas, boas e más, fossem mais parecidas com este correr a gritar. Porque não é medo, é companhia veloz debaixo do sol e nas pedras do chão. O ser apanhado desprevenido não é o fim do jogo, dá vontade de jogar outra vez, desta vez mais atento.
Eles eram os escondidos-vistos-por-toda-a-gente. =) E tantas vezes somos assim.
Porque vivemos neste risco ténue entre o mostrar e o esconder. Queremos ver o que está à nossa espera, detestamos ser surpreendidos. E quando somos apanhados gritamos e fugimos. Mas seria tão bom que as surpresas, boas e más, fossem mais parecidas com este correr a gritar. Porque não é medo, é companhia veloz debaixo do sol e nas pedras do chão. O ser apanhado desprevenido não é o fim do jogo, dá vontade de jogar outra vez, desta vez mais atento.
1 comentários:
Tudo seria bem mais fácil e divertido se fossemos como as crianças.
A vida concerteza teria uma cor menos sombria.
R.I.
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