A fronteira entre o nosso presente e o nosso futuro é muito breve. Vivemos continuamente em direcção a algo que projectamos e pensamos, mas que vem envolvido continuamente em incertezas e surpresas. Talvez seja esta a nossa condição principal e o saber que, de facto, não vivemos numa estabilidade plena. O que poderá trazer medos, mas também gestos de confiança. Sobretudo estes últimos são os mais importantes.
Estes dias tenho vivido, na escola em que dou catequese, uma experiência de confronto com o futuro, na circunstância da morte bastante rápida do Reitor, com um cancro. De como há quinze dias atrás não se supunha que o fim estaria tão próximo...
S. Paulo, numa das suas cartas, diz que o tempo faz-se breve. Não é que passe depressa, mas sim que este se recolhe, como as velas de um navio. O momento presente está carregado de todo o cumprimento futuro e, naquilo que hoje somos, está escondido o Mistério do que podemos ser, a nossa energia vital mais preciosa, o Bem que podemos ser já agora no mundo, independentemente do que projectamos.
0 comentários:
Enviar um comentário