09 maio 2008

Papéis soltos



Há alturas em que temos em cima da mesa uma confusão de papéis e livros abertos, entre garrafas de água e listas com o que há para fazer. Sem poder decidir o que é mais urgente e quase na impossibilidade de calcular o tempo necessário para cada coisa.

Se pudesse encontrar um ritmo de fundo que seja marcado pela respiração e pela paz, de quem faz as coisas certas no momento certo, que abraça o relógio sem estar dependente da velocidade a que passa. Podemos sempre cuidar muito melhor de nós, sendo, em tudo, aquilo que podemos ser de modo completo.

E este espaço nasce da capacidade de levar a solidão como boa companhia, onde estejamos nós e a verdade de Deus, porque se estivermos divididos em pequenas partes pelo nosso mundo, estendemo-nos em fragmentos pesados que nos fazem andar devagar e de olhos no chão.

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