14 janeiro 2007

Anjo


Lembro-me de um pormenor de um filme que aprecio muito, o "Verão de Kikujiro". A determinada altura, o protagonista oferece a um menino um anjo de cristal, que tinha uma campainha. E disse-lhe que se algum dia estivesse triste, tocava a campainha e um anjo viria a ajudá-lo ou mandava alguém para o fazer feliz.

E dei por mim a pensar que seria tão bom eu poder ter um anjo assim, não pela espécie de superstição infantil, mas pela confiança. Porque às vezes não sei olhar para o que me é dado de forma tão amorosa.

Se eu tivesse uma campainha para chamar um anjo, seria talvez capaz de confiar mais? Pelo menos teria um motivo para me lembrar. Que quando hesito, basta dizer que eu sonho e que há um Amor de fundo que me conduz para além do que percebo.

E ao ouvir o toque da capainha, deixar-me-ia andar, de braços abertos ao vento? É tão difícil confiar sem a rede que me ampare. Que quando quero confiar, sei que o meu destino maior está noutras mãos, essas com a certeza por onde me conduzem.

Por isso, se eu tivesse esse anjo, deixava todas as dúvidas na certeza de que sou conduzido. E tudo o que acontece seria uma benção.

Pensando bem, talvez as coisas sejam muito mais assim do que parece! =)

2 comentários:

menina das estrelas disse...

Sim=))
Olha eu por exemplo, em vez de tocar a campainha,telefono-te e tu apareces sempre. como prometido;)

Anónimo disse...

Esse anjo que falas é o teu anjo da guarda que te acompanha sempre todos os dias, estejas onde estiveres.

 

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