07 janeiro 2007

São coisas novas


Teria sido certamente o brinquedo de Natal. É uma animação ver a Carolina depois da Missa das crianças do Colégio a mexer num pequeno jogo portátil e a correr para o pai a mostrar o que tinha feito.

E o pai explicava. Os meus filhos queriam um cão. Mas a minha mulher está à espera de outro bebé. Sabemos que quando nasce um bebé, o cão costuma ter ataques de ciúmes, por isso, vamos arranjar o cãozinho só depois do nascimento. Mas para a Carolina não ficar triste, arranjou este jogo que consiste em brincar com um ou vários cães, dar-lhes de comer, fazer jogos, etc. O que é certo é que esta menina delirava como se fosse um cão verdadeiro a fazer estas coisas, e contava que ele já conseguiu apanhar um disco e que partiu um vaso no jardim...

O que mais me impressionava é que a Carolina vibrava com aquele cão virtual como se fosse um cão real. E o mais interessante é que sabia que o motivo porque não tinha um verdadeiro era por causa do mano que aí vinha. Mas até lá, não perdia nada do entusiasmo infantil que é brincar com animais, a alegria é sempre tão genuína....

E penso agora que às vezes as circunstâncias da vida nos fazem ter que lidar com realidades que não são as mais desejadas. Por isso, é fácil não ser tão genuíno na entrega a coisas tidas à partida como secundárias. Aprendi com esta criança que se pode amar tudo da mesma forma.

E quando nos despedimos, ela disse: depois tens de vir a casa conhecer o meu irmão bebé. Ele é o mais importante, não o cãozinho novo. =)

2 comentários:

Anónimo disse...

Este ano 2007 promete!

Tenho a certeza que Deus nos dará muitas graças!

Veja por favor uma mensagem que deixei no espaço de comentários no último post do Saborear a Vida.

Ah, e todos que passarem por aqui também!, aproveitando padre :), confiram... não é o comentário todo claro, porque muitos, eu diria, a maioria não conheço. é só a indicação que pus lá.

Atrevo-me a fazer isto pois é algo muito bom.

Deus abençoe

se o padre não gostar pode reclamar é claro.
abraço

Anónimo disse...

António,

Mas que texto! É verdade tantas vezes olhamos para as coisas como secundárias e não as amamos como fariamos se fossem as "primárias", mas tal como essa criança comprovou pode se amar tudo da mesma forma e essa é uma grande aprendizagem e exige esforço e oração.

Obrigado por partilhar este momento.

Um grande beijinho em Cristo

 

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