07 outubro 2009

Re-conhecido




Encontrei-me finalmente num lugar onde não valia a pena encontrar desculpas nem procurar justificações. Toda a liberdade tem um preço difícil de verdade. Mais tarde ou mais cedo, somos levados a admitir aquilo que somos, a assumir o que fizemos. Creio que nunca ninguém será capaz de exigir tanto de nós como a nossa própria consciência.

E a verdade é que somos hábeis a mentir a nós mesmos. Reconhecer isso é difícil. Mas quando se reconhece o que somos, temos duas opções. Ou nos entristecemos, ou viramos página.

Uma experiência de verdade tem também cores de perdão e optimismo, se não fosse assim, não ganharíamos muito em nos re-conhecermos como somos. Seria acrescentar dor à mágoa ou fazer chover no molhado. Pelo contrário, aceitarmo-nos é acreditar numa promessa melhor. Que somos nós, que é a nossa Vida.


5 comentários:

susana disse...

Reconheceres-te é olhares para ti como verdadeiramente és. Aceitar que não temos defeitos nem qualidades, que pertencemos à unidade, que delas viemos e a ela nunca deixamos de pertencer. É um sinal de maturidade de grande maturidade existencial. Se o consegues, se percebes que não tem de haver perdão porque para Deus, segundo Deus, não há culpa. Espero chegar a esse estado de iluminação.:) Obrigada. Também te guardo saudades.
Um abraço
su

Ana Sampaio disse...

Mesmo a calhar:)

palmo_e_meio disse...

Não há coincidências ?!?
Ontem à noite estive a falar disto mesmo, só que não tenho o dom da palavra e as tuas palavras são a exacta "transcrição" do que penso ;)

Leonor disse...

A nossa vida que se estende à nossa frente para ser vivida de outra forma.
Tive uma experiência dessas de confronto com a minha verdade interior há bem pouco tempo em EEs que experimentei pela 1ª vez.

Imagino que andes super ocupado e não se já te disse mas a antiga "menina bem comportada" mudou-se para aqui:

http://outrosentido.blogs.sapo.pt/

beijinhos e fica bem

António Valério,sj disse...

Re-conhecermo-nos é abrir continuamente um futuro mais nosso, grande desafio... obrigado! ;)

Leonor, eu já andava triste a pensar que te tinha perdido rasto! Já fui ao teu novo espaço. Beijinhos*

 

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