Visitar os nossos lugares torna-nos mais conscientes de origens e caminhos percorridos. Teremos força para acreditar que cada espaço é um pedaço de nós, construído por um motivo? E os espaços que ficam fora do puzzle, que parece que foram feitos para permanecer vazios?
A nossa história também tem espaços vazios. E é importante que os tenha, são as coisas que não conseguimos explicar, algo que perdemos, rompemos ou deixámos de cuidar. Ser completo no hoje que me é dado viver passa também por assumir aquilo que ainda não fui capaz de assumir.
A coragem passa por ser humilde. E ser humilde é ser optimista, conseguir deixar andar, partir e continuar. Insistir no vazio pode ter tanto de desafiador, de ser mais completos, como de paralisador, de não sairmos dos mesmos bloqueios. Porque a nossa história também tem um ritmo e uma paciência própria. Importa não ficar parados.
4 comentários:
No outro dia rezava sobre a auto-estima e o que é o amor a si mesmo e veio-me se não seria isto a humildade: não será o amor de si? O "como a si mesmo" do mandamento do amor?
caro anónimo.
Obrigado pela vista e pelo comentário! A humildade é reconhecer o que se é, não é achar-se diminuído, mas exactamente o contrário. É reconhecer a própria fragilidade e limite, mas com um olhar de verdade que vê muito além disso. Tem toda a razão, humildade é amor de si.
Obrigado... Por ordem crescente: pelo tempo/atenção/cuidado que dá, por este blog, pela sua vocação em particular, pela CJ (mais um pedaço de céu na terra), pela Igreja nossa Mãe, ...
Eu é que agradeço, é bom saber que este espaço, que o levo também como missão é importante para quem cá vem. bom fim de semana!
Enviar um comentário