18 novembro 2008

Privilegiados



Há um entusiasmo que nasce de reencontros. E agora nem é preciso esperar muito nem fazer promessas. Pensar o futuro pode ter tanto de cuidadoso e necessário como de desperdiçar energias quando o que está para acontecer vai muito mais além do que aquilo que se espera.

O amor escolhe por si os momentos e as formas, talvez seja isto que o torna irrestível e incapaz de definir. Quando se programa tudo, deixa de ser originalidade e criação e passa a ser um espaço determinado onde, afinal, existo só eu. Não há vida mais vazia do que aquela que é enchida de qualquer maniera. É preciso o espaço fundamental de pensar num gesto de abrigo e acolhimento.

Quem vive por amor, vive sem saber e ao mesmo tempo sabe tudo o que precisa. É um privilégio poder ver-se como imagem desenhada, poesia acabada, escultura viva. Que temos de temer, senão as coisas que queremos ter tanto para ficar ricos de nós, mas que ficamos assim tão pobres?

3 comentários:

disse...

Gostei muito deste texto. Pela poesia e mensagem... mas principalmente porque encaixa no meu dia e no meu sentir.
Obrigada!!! Um abraço amigo

Anónimo disse...

"Hoje sonho o futuro. E deixo que os meus pés sigam o ECO com firmeza."

Carl@ Mesquita disse...

Um hoje, desenhado com cores e formas... Um muito do amanhã.

Muito bonito e introspectivo.

Grande abraço

 

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