14 junho 2008

A música



É companheira dos dias de viagem. Faz parte essencial daquilo que um dia reparei que poderia ser o elemento espiritual da matéria, uma espécie de imagem de mim mesmo. Não ficar perdido em desacordos e tentativas falhadas de conseguir estabelecer os meus próprios limites, mas ser capaz de criar sem eles.

A música tem aquele movimento parecido com o vento, que se ouve sem se saber o que é. Que arranca da alma emoções de agradecer ou rejeitar. Não há ouvidos indiferentes a grandes sinfonias. Quem não as ouve é porque não quer ouvir, mesmo tendo estudado tudo sobre muitas coisas.

Quando for capaz de ouvir a essência dos gestos que produzem os sons apetecíveis, serei uma espécie de anjo que vive acima das nuvens, sabendo que o chão duro é o melhor que tenho para pisar. Depois disso, de querer e ter decidido ouvir, terei força de não ter medo e braços que verdadeiramente agarrem o que acontece de sublime em cada um dos meus dias.

2 comentários:

An@ disse...

a música... =)

nunca melhor explicado que as tuas palavras =)

*

Anónimo disse...

Gostei imenso.

 

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