10 janeiro 2008

Segundo a nossa medida


Podemos tantas vezes ter um olhar deslocado acerca das pessoas que conhecemos e das situações que nos acontecem. O nosso olhar tem uma tendência enorme a ficar condicionado pela nossa história e pelas nossas experiências. É também normal que assim seja...

Mas acho mesmo que olhar a partir do conhecido é pobre. E uma vezes somos ingénuos e não percebemos o que está a acontecer, e outras somos de tal maneira condicionados que pintamos de vermelho aquilo que é azul. É que nós somos marcados por uma tão maior originalidade!

Há um olhar de beleza e alegria que tem consciência do que vê. Não significa deixar passar as coisas que não estão bem, mas não as aceita como estados definitivos. E alegra-se com as coisas boas da Vida, mas também não as aceita como estados definitivos.

A medida do meu olhar é aquela que, no fundo, tenho em relação a mim mesmo. Porque olho sendo olhado, sei que posso amar porque sou amado. A minha medida vê mais do que o imediato, e posso salvar aquilo que aparece como inevitavelmente perdido, apenas por existir, no meio de tudo, o sinal mais pequeno de esperança.

2 comentários:

Mithrain disse...

Penso tantas vezes nisto. Às vezes sentimo-nos tao tristes que falta a força para lutar e aí, esquecemo-nos que as coisas más nao sao más de todo (ajudam-nos a evoluir) e nao ficam assim para sempre. Felizmente nos temos capacidade para abrir portas, o que acontece é que nem sempre nos lembramos disso.
Acho que ainda nao encontrei a medida certa do meu olhar, mas vou continuar essa busca!

Anónimo disse...

È sempre prudente olhar em frente, mas é dificil olhar para mais longe do que pode ver-se.

Winston Churchil

R.Irene

 

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