21 janeiro 2008

O que basta


Posso chegar a pensar: Passamos a vida entre perdas e presentes? Ou entre derrotas e conquistas? Uma coisa é aquilo que me é dado e aquilo que me é tirado. E outra é aquilo de que eu desisto e aquilo que venço com as minhas forças. Talvez o maior dilema seja este de nunca completar os meus espaços vazios, e ir percebendo que o que vou conquistando acaba por ser temporário, porque ou o deito a perder, ou algo ou alguém mo tira. E aquilo que me é oferecido às vezes nem o percebo, ou então acho que é algo que mereço... e deixa de ser surpresa.

Não quero acreditar que a Vida seja uma espécie de sucessão de dias melhores e piores. Porque o que é essencial no meu corpo é igual todos os dias, o coração bate igual e os pulmões enchem-se de ar. O que é diferente em mim são as luzes e as sombras da alma... que às vezes é só luz e às vezes é só sombra. Ou uma toalha branca às bolinhas pretas, e vice-versa...

Se o meu corpo é também a minha alma, tenho coisas iguais todos os dias. Nem que seja só uma. E essa é toda luz, é um coração que bate desde fora, é um sopro que vem desde sempre. É uma Presença que está e me faz... e isso basta.

1 comentários:

Maria Papoila disse...

o Essencial basta...:)

 

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