23 abril 2007

Não retorno


Há momentos em que não se pode esperar, nem fazer alongar o tempo. Em que a Vida continua a partir de uma viagem, para outros sítios, longe de lugares de sempre.

Um abraço de despedida, um beijo que não ficou completo...

Muitas vezes, as partidas levam-nos para longe, por opções nossas, e outras pelas coisas da Vida. Um caminho que se sabe que continua, porque sempre se decidiu a não ficar parado em desejos que talvez um dia possa vir a realizar.

A plenitude traz consigo aquela carícia antes de começar a andar e não se olha para trás. Passei por momentos assim, em que fui eu que parti, e deixei ficar, ou outros que partiram e era a minha vez de regressar a uma casa mais vazia.

E isso faz-me pensar no quanto se é incompleto quando se perde algo ou alguém. E quanto se pode ser ainda mais incompleto, quando não se tem a coragem de assumir o que se perdeu. Porque... será que se perde alguma vez o que se teve desde sempre?

1 comentários:

J disse...

António,

Será que se perde o que sempre se teve ou se ganha algo diferente?Fizeste me pensar. Custa tanto perder, mas as vezes e perdendo que se ganha.

Um grande beijinho em Cristo

 

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