Perguntamo-nos muitas vezes sobre aquilo que nos faz falta. Por momentos, temos a impressão que vivemos no meio de uma nuvem que nos faz habituar àquilo que acontece todos os dias. Temos os nossos rituais e as nossas rotinas que vamos aceitando até ao dia em que nos damos conta que vivemos pouco.
Como em tudo, precisamos de um equilíbrio entre o conhecido e a descoberta de outras paisagens. No fundo, acredito que a mesma atitude pode ser fascinante: a de procurar fazer de cada momento um início e uma realização. Mesmo nas coisas comuns e conhecidas de todos os dias, seria óptimo se nos déssemos conta que é naquele tempo e naquele espaço em particular que a nossa bondade pode ter expressão. Fazer as coisas por rotina diminui a nossa paixão.
Quem vive com esta atitude estará aberto àquilo que acontecer. Não cabemos todos inteiros em coisas demasiado pequenas. No fim, teremos tempo e espaço para algo original, que nos faça sair de um certo comodismo que adormenta a nossa capacidade de transmitir alegria e serenidade.
1 comentários:
Ler a sua relexão sobre a importância de cada dia, transportou-me para a mesma atitude
com que iniciamos um livro que vamos ler pela primeira... segunda... ou terceira vez:
O que vou encontrar aqui
...que eu ainda não vejo
...que eu ainda não sei
...que eu ainda não sinto
...
...o que vai mudar em mim?
Se cada dia for este "desejo" de descoberta, a rotina e a monotonia serão reliquias guardadas num baú.
Obrigada
Isabel
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