28 fevereiro 2008

A subir


Acho mesmo curioso, quando penso e estudo estas coisas, de perceber que há coisas comuns em todas as culturas, mesmo as da Antiguidade, espalhadas por diversas partes do planeta e em alturas em que o contacto entre elas era impossível.

É qualquer coisa de estrutural no ser humano que expressem o seu olhar para Deus ou para o Transcendente, olhando para cima... também por ser óbvio que o céu é o lugar por excelência do impossível de chegar e conhecer. Mas o que fazemos instintivamente quando olhamos Deus é tirar o olhar do chão e das coisas que estão à nossa volta, e entreter o coração com a impossibilidade... que, todavia, se pode ver.

Tem a ver com a humanidade nossa o esforço de subir além de todos os acontecimentos interiores e exteriores. Como uma espécie de nostalgia de uma única realidade, em que o mais profundo e o mais eterno são a mesma coisa. E nós estamos aqui no meio, entre liberdade e prisão, mas sempre com imensidade por cima das nossas cabeças.

2 comentários:

Anónimo disse...

O sentido do religioso, ligar, religar,está patente (quase poderiamos afirmar) nos primórdios da Humanidade.Constitui uma marca universal de atrender ao Mistério, ao confronto de mim com o que para além de mim existe. Não é o medo, mas a dimensão transcendente que circunda e se se inscreve na experiência humana.
Como se encara o fenómeno religioso hoje, na contemporaneidade consumista e imediata, frágil e pseudo suficiente?
Abel

Anónimo disse...

Deus mostrou-Se no Filho que, Incarnado, morreu e ressuscitou. Permanece e é Eterno,o Seu rosto é visível no rosto do irmão a quem devemos amar. Náo é o Deus distante, mas tão próximo que abre o Seu coração - Misericórdia - ao Pecado do Homem.
Viver amando... sem esgotar energias na indagação obsessiva da morada de Deus. E quando caio... Ele está comigo.E a Imensidade habita... o meu coração.
Abel

 

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