A fidelidade é apostar constantemente em algo que não queremos perder. No fundo, ser fiéis a alguém ou a alguma coisa, não é difícil. Se virmos bem, aquilo que amamos é o centro da nossa vida e é impossível que façamos algo sem que tudo tenha uma referência àquilo que ilumina o nosso coração e o nosso olhar, ao que lhe dá um sentido completo.
Temos consciência de muitas pequenas infidelidades. Parece que falhámos regras e não estivemos à altura do que nos era pedido. Talvez fosse melhor que pensássemos acerca da qualidade do amor nas coisas que falhámos. Quando algo importante não nos preenche, é porque, provavelmente, não estamos a cuidar aquilo que sabemos ser importante e definitivo.
Podemos começar a enganar-nos a nós mesmos, querendo estar ligados a tudo, sem estar ligados a nada... vivemos à superfície. Falta-nos coerência, ou falta-nos amor?