25 janeiro 2009

Pensar além do óbvio




Há determinados modos de pensar a que estamos tão habituados que nem sequer pomos a hipótese de que as coisas poderiam ser pensadas de maneira diferente. Há, por outro lado, lugares comuns que reflectem aquilo que acontece e que também não exigem que nos questionemos. Não é preciso desconfiarmos de tudo o que fazemos, não seria saudável! =)

Os lugares comuns a que me refiro tem a ver com o modo como exprimimos coisas importantes, em relação a Deus, em relação ao amor, à amizade, etc. Pergunto-me até que ponto viver uma relação de modo adolescente, imediato e auto-centrado, ou ter uma determinada imagem de Deus, que possa resolver os meus problemas, acaba por ser uma consequência do ambiente à nossa volta.

Acabamos por pensar num mundo e num deus feito à nossa medida, e como somos nós a olhar, este mundo é bastante mais pequeno que o que realmente é. Quando as seguranças são os meus amigos, uma relação íntima ao estilo do melhor cinema, ou uma busca de paz interior, mais psicologica que espiritual, não estamos a ter atenção à separação radical entre Eu e o Outro, que simplesmente não posso dominar. Também me devo deixar transformar!

Pensar que resolvo tudo sozinho acaba, mais tarde ou mais cedo, por me deixar perceber o óbvio de poder ter pensado um dia de modo diferente.

3 comentários:

Di disse...

Bem verdade, demorei a perceber isso! Temos sempre a ilusão de que podemos tudo sozinhos e que o mundo que levamos às costas não pode ser ajudado a carregar! O outro é fundamental na minha vida, indispensável...nem consigo imaginá-la sem ele.

Beijinho e obrigada pelos post sempre tocadores da alma.

António Valério,sj disse...

Ola e obrigado! =) Sim, quanto mais vamos estando sozinhos no assumir a nossa Vida, nos vamos dando conta que os nossos passos são sempre acompanhados. E isso faz-nos cair na conta da responsabilidade que temos em fazer melhor a nossa vida e a vida dos outros, sempre com maior verdade. beijinho

An@ disse...

:)
sinto cada coisa que disseste...
é bom sabermos que nunca estamos sós *

 

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